Soja passa cana e é destaque no ranking do agro em SP
O Valor da Produção Agropecuária (VPA) do Estado de São Paulo supera R$ 89,1 bilhões. O dado é relativo ao ano passado. O resultado é 8,37% maior que o obtido em 2019.
Aumento de produção e preços de mercado dos quatro primeiros produtos do ranking geraram o resultado preliminar. Os destaques da lista do agronegócio paulista são a carne bovina, a soja e o amendoim.
Soja supera laranja
A soja passou a laranja para indústria e a carne de frango e, agora, é o terceiro item com maior VPA no estado. Já a cana segue líder, apesar da alta modesta – o volume coloca o produto no topo do ranking.
Os dados são da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, por meio do Instituto de Economia Agrícola (IEA-APTA). José Roberto da Silva, Paulo José Coelho, Denise Caser, Carlos Roberto Ferreira Bueno, Danton Leonel de Camargo Bini e Eder Pinatti, pesquisadores do IEA, conduziram os levantamentos.
A pandemia trouxe mudanças na estimativa, quando comparada ao comportamento verificado nos últimos anos.
Os dez principais produtos que compõem a cesta utilizada para o cálculo do VPA tiveram bom rendimento. Chamaram a atenção os crescimentos do VPA do amendoim (+49,81%), da soja (+45,33%) e da carne bovina (+28,42%). Os pesquisadores informaram que esses produtos se destacam na pauta de exportação paulista e foram favorecidos pela elevada taxa de câmbio e pelo crescimento da demanda na pandemia.
No estado, o preço médio da soja cresceu quase 23% e a produção, mais de 18%.
Outro avanço veio do café beneficiado, com preço e produção em alta. A cultura ainda foi favorecida pela bienalidade positiva, elevando seu VPA em 76,28%.
Volume destaca cana
Líder do ranking e uma das principais clientes da indústria paulista de corretivos agrícolas, a cana-de-açúcar apresentou crescimento na casa de 5,76%. Porém, o volume ainda impressiona – a cana gerou um acréscimo de R$ 1,7 bilhão ao VPA total.
A laranja para suco, outra importante consumidora de corretivos, teve alta de 8,3% no preço e de 1,09% na produção.
A política de isolamento social a partir de março e o fechamento de restaurantes afetaram o consumo de carne de frango e leite.
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