Inflação interna: o que as empresas de calcário precisam avaliar
Estudo realizado por uma associada do Sindical aponta que a inflação interna dos custos para a produção de calcário no ano passado foi de 12,96%. Embora com itens que variem entre as empresas, o levantamento mostra o cuidado que deve se ter na condução dos negócios, principalmente em períodos de indefinição como os vividos nesta pandemia.
“A maior participação no cálculo foi o impacto do IGPM, que representa todos os custos que não foram levantados individualmente, e que neste estudo contribuiu com 5,49%”, conta Euclides Francisco Jutkoski, advogado, contabilista e diretor do Sindical.
“A seguir, vieram os custos de Equipamentos de Extração, que indicam a variação dos preços destes equipamentos e influem diretamente nos custos de depreciação e juros de capital. Esse item representou 5,13%”.
Euclides faz uma ressalva, ao mesmo tempo em que aponta a necessidade de acompanhamento da realidade de cada empresa.
“Este é um estudo de uma de nossas associadas, levando-se em consideração a variação de preços de seus insumos e tendo em vista os pesos atribuídos por ela para cada um destes insumos”, afirma.
“Com tantas incertezas, num cenário em que percebemos o aumento do custo de vários insumos, as empresas devem fazer o acompanhamento destas variações e o impacto em seus custos. Somente assim será possível a adoção de estratégias para garantir sua lucratividade ou mesmo evitar possíveis prejuízos”.
O monitoramento constante tem exemplos. Um prestador de serviços na área contábil decidiu rever o índice contratual, ao notar que a porcentagem indicada fugia bastante dos padrões. O contrato previa a aplicação do IGPM do período de janeiro a dezembro de 2020 no valor dos serviços.
A alta, a partir da mensalidade de janeiro desse ano, atingiria 21,10%. Porém, a prestadora resolveu adotar a média dos índices – IPCA, INPC e IGPDI, além do próprio IGPM. O reajuste ficou em 11,95%.
Confira a tabela: