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PIB paulista reforça necessidade da valorização da agricultura

 

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Cana e laranja influenciam diretamente o resultado do calcário agrícola em São Paulo
Foto: Divulgação

 

O resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado de São Paulo em 2013 reforça a necessidade de maior atenção ao setor agrícola. Políticas públicas e iniciativas de incentivo deveriam abranger toda a cadeia produtiva, incluindo insumos como o calcário. A opinião é do presidente do Sindicato das Indústrias de Calcário e Derivados para Uso Agrícola do Estado (Sindical), João Bellato Júnior, ao avaliar os resultados do PIB paulista em 2013.

“A agricultura no Estado não foi bem, e as ações precisam ser revistas para que esse quadro seja revertido”, disse Bellato.

São Paulo encerrou 2013 com alta de 1,7% em seu PIB, alcançando, em valores correntes, R$ 1,511 bilhão, segundo a Seade (Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados). O desempenho foi influenciado positivamente pela indústria, que cresceu 2,2%, e pelos serviços (alta de 1,4%).

Por outro lado, a agropecuária teve variação negativa de 1,4% em 2013. O dado paulista se choca com o PIB nacional, no qual a agricultura foi o principal destaque. Nem o aumento de 4,6% na cadeia produtiva paulista da cana de açúcar compensou as quedas expressivas nas produções de laranja (recuo de 19,4%) e café (menos 22,4%).

Cana e laranja influenciam diretamente o resultado do calcário agrícola em São Paulo. Como essas culturas não vão bem, os estoques nas empresas paulistas estão altos, diz Bellato. Em 2013, os números do calcário paulista foram praticamente iguais aos de 2012, que já não havia sido bom. “Onde houve avanço a explicação está na redução de preços da tonelada do calcário”, afirmou Bellato.

O esforço dos empresários nas negociações fez com que o estado de São Paulo comercializasse 2,7 milhões de toneladas no ano passado, número similar ao de 2012, mas quase 10% menor que 2011.

O segmento espera planos de incentivo à aplicação do calcário na agricultura em todo o país. “O calcário precisa de divulgação. As informações ajudariam não apenas na produtividade, mas reduziriam os recursos gastos pelo produtor rural com os fertilizantes”, avaliou o presidente do Sindical.

O agricultor carece de informação sobre os benefícios da correção do solo, proporcionados pelo calcário. Daí o sindicato estar investimento em novas ferramentas de comunicação, como um site e uma página no Facebook – denominada Calcário Agrícola. “Havendo o incentivo na correção de solo, a indústria está pronta a atender essa demanda maior de calcário”, afirmou.

O calcário ainda sofre com barreiras comuns aos demais segmentos, como a dependência extrema do transporte rodoviário para sua distribuição.

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