Startagro - 123

Evento: tecnologia no agronegócio deve focar produtividade e rentabilidade

Os aplicativos estão presentes também no agronegócio. A agricultura e a pecuária são vistas como um bom mercado pelas empresas da área de tecnologia da informação, principalmente pela força econômica e pelas oportunidades.

O desafio é garantir, a partir da tecnologia, maior produtividade. A ação também foca na garantia de rentabilidade ao produtor rural, visto que os custos pressionam o segmento.

Esse cenário foi discutido no Startagro Piracicaba, realizado no dia 29 de junho, na Usina de Inovação Monte Alegre, em Piracicaba (SP). Os organizadores, StartAgro e Usina de Inovação, buscaram apresentar conteúdo de alto nível e contatos para geração de negócios.

O evento reuniu inovadores do mercado AgTech (tecnologia para a agricultura), vindo não somente da região de Piracicaba – onde estão 15% dos pesquisadores do agronegócio do país -, mas também de Minas Gerais, Mato Grosso e Rio Grande do Sul.

As discussões sobre problemas e soluções para o mundo rural pautaram a programação. Investidores em startups estavam presentes. O site do Sindical acompanhou o evento.

Reality show

Um dos pontos altos foi a realização de uma mentoria. Em formato de reality show sobre negócios, cinco empreendedores tiveram 3 minutos para apresentar produtos e serviços a cinco jurados. Formado por investidores e pesquisadores, o júri opinou sobre os modelos de negócios apresentados.

Os modelos foram do UllerAgro, espécie de Uber focado em máquinas agrícolas, a um aplicativo que conecta produtores de gado a compradores, o “Boi na Linha”. Também havia uma cola que combate a mosca do estábulo, proposta pela empresa Colly Química.

Cultura

A programação incluiu debates sobre objetivos das startups no agronegócio e as profissões do futuro no campo. Para Antônio Cesar Salibe, da União dos Produtores de Bioenergia (UDOP), entidade que atua com capacitação e informação na região de Araçatuba, a questão não é somente saltar do analógico para o digital.

“É uma mudança de cultura”, disse Salibe. Os benefícios gerados por equipamentos recentemente lançados muitas vezes não chegam na ponta. Segundo ele, no caso das colheitadeiras de cana, operadores não conseguem usar mais de 50% das funcionalidades existentes nas máquinas, mesmo após serem capacitados.

A necessidade de maior interação da iniciativa privada com as universidades também ganhou força, como forma das startups encontrarem soluções para os desafios do agronegócio.

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