Usinas estão otimistas com mercado; solo requer avaliação

O otimismo ronda as usinas brasileiras. Nesse processo, o manejo do solo requer avaliação para que os resultados sejam obtidos.

Os preços do açúcar no mundo e movimentações envolvendo o etanol na Índia deverão gerar resultados bastante expressivos para o segmento sucroalcooleiro, incluindo o estado de São Paulo.

“As informações são animadoras. Esperamos que o cenário chegue ao processo produtivo, incluindo o manejo de solo”, destaca o presidente do Sindical, João Bellato Júnior.

O plantio de cana-de-açúcar e o segmento da citricultura são os principais clientes do calcário agrícola paulista. A correção da acidez do solo se mostra importante no momento em que as rebrotas da cana são fundamentais no processo produtivo. Daí a qualidade do solo ser importante.

A aplicação de calcário é um dos itens que impactam a rentabilidade de um agricultor, que, por outro lado, se vê bastante pressionado pela alta nos custos. A produtividade paulista de cana tem apresentado avanços tímidos.

Hoje, o agronegócio paulista consome 4,5 milhões de toneladas anuais de calcário. A estimativa do sindicato é que se a produtividade teria um salto considerável com uma aplicação estivesse perto de 7 milhões.

Colheitas melhores

Até a renovação do plantio, o trabalho em busca de melhores resultados é árduo. Há áreas em que 5 colheitas se mostram viáveis, embora existam ações que busquem 10.

“A indústria de calcário tem levado aos agricultores a necessidade de cuidados com o plantio e renovação. Também abordamos a importância da calagem na redução dos danos gerados pela estiagem. Quem seguiu essa mensagem, agora terá melhores resultados”, declara Bellato.

Um dos influenciadores do cenário mundial é o etanol na Índia. O governo local buscará ampliar em quatro vezes a atual quantidade de etanol na gasolina num prazo curto – 2 anos.  A Índia busca reduzir a poluição e depender menos do petróleo.

Mercado terá impacto

O mercado mundial de açúcar será impactado. A Índia só está atrás do Brasil no ranking mundial de produtores. O incentivo fiscal indiano à exportação do produto também terá queda já esse ano. Até 2025 o país cortará 20% da produção de açúcar.

Dado do Instituto de Economia Agrícola (IEA) mostra que São Paulo produziu perto de 350 milhões de toneladas de cana na safra que está acabando, ou 54% do total nacional. O processamento paulista respondeu por 48,4% de etanol e 63,2% do açúcar vendido internamente ou exportado.

As exportações do agronegócio paulista, de janeiro a maio 2021, tiveram o complexo sucroalcooleiro na liderança. Em valores, foram exportados pela cadeia da cana US$ 2,31 bilhões, sendo que, desse total, o açúcar representou 87,9%.

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