Agrishow mostra olhar do produtor para a análise do solo
Foto: Divulgação
Produtividade como objetivo e tecnologia como ferramenta para garantir resultados. Assim o produtor rural brasileiro deverá atuar nos próximos anos, segundo tendências presentes na edição desse ano da Agrishow, que ocorreu em Ribeirão Preto (SP).
O setor de máquinas e implementos agrícolas segue forte. Porém, ganha espaço, dentro da tecnologia, a questão da análise de solo. A avaliação é que, sem etapas como a correção da acidez do solo brasileiro, a produtividade ainda dependerá da ampliação das áreas plantadas.
A equipe do Sindical esteve presente no evento. Um dos expositores foi a Embracal, associada ao Sindical. Também havia representantes da área de corretivos vindos do Paraná. O balanço de visitantes virá nos próximos dias, numa expectativa de 150 mil pessoas. Quanto aos negócios, organizadores avaliam alta na casa dos 5%.
A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) apresentou na feira a SpecSolo, plataforma digital que integra georreferenciamento de amostragem, análise de solo por infravermelho e um assistente digital que faz recomendações de fertilização e correção do solo.
A ferramenta foi concebida pela Speclab, empresa parceira da Embrapa, a partir de um banco de dados com mais de 1 milhão de amostras de solos de todas as regiões do país. Segundo o site da feira, um software hospedado em nuvem e equipamento automatizado para coleta de espectros de solo integram a ferramenta. A análise é não destrutiva, rápida e econômica.
Cana e laranja
Presidente do Sindical, João Bellato Júnior defende uma visão estratégica da correção ao longo da cadeia produtiva. “A aplicação do calcário é uma forma simples e barata de reduzir a acidez dos solos”, afirmou.
Já Franscisco Maturro, presidente da Agrishow, avalia que avanços tecnológicos favorecerão a imagem do setor junto à sociedade. Segundo ele, a cidade e o campo precisam ser vistos como um espaço único.
As vias que concentravam fornecedores de sementes, irrigação e tecnologia, definidas no mapa da feira, viram o número de visitantes aumentar. Especificamente para São Paulo, o foco na citricultura e na cana de açúcar esteve presente. Novas variedades de cana, por exemplo, foram um dos itens buscados pelos produtores. Já a laranja ganha força pela oferta de novas tecnologias digitais.
A avaliação é que, no caso de insumos agrícolas, a feira contribui para o início da negociação, com o posterior fechamento de negócios. As associações brasileiras do Agronegócio (Abag), da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), e da Difusão de Adubos (Anda), Federação da Agricultura do Estado de São Paulo e Sociedade Rural Brasileira organizam a Agrishow.