5 medidas que o agricultor pode adotar com a chuva forte e o calor intenso
Na agricultura, ninguém quer uma seca no período crítico ou chuva durante a colheita. Pois são justamente esses os principais efeitos do fenômeno climático El Niño nas áreas plantadas com algumas das commodities do Brasil, como soja, cana-de-açúcar, milho, algodão e café.
A Confederação Nacional da Agricultura (CNA) divulgou estudo que aponta que, até fevereiro de 2024, esses efeitos estarão presentes no Brasil. Na região Centro-Sul, a tendência é chuvas mais frequentes e intensas. A temperatura média deve se manter alta, como já temos sentido.
Por isso, o site do Sindical aponta medidas que podem diminuir os efeitos do El Niño na região, incluindo o estado de São Paulo. Essas medidas devem ser executadas sempre com assessoria técnica.
Confira.
1. Planejamento é o começo de tudo
Os efeitos do El Niño podem ser diminuídos se houver planejamento antes do plantio e após a colheita. Isso inclui análise de solo e uso de corretivos agrícolas, como o calcário e fertilizantes.
A irrigação é outra boa alternativa. Um dos cuidados nessa prática é conferir o estado dos materiais usados na irrigação, que, se não estiverem bem conservados, podem desperdiçar água.
2. É hora da tecnologia
A tecnologia existente em maquinários é uma grande aliada na redução de custos e na otimização da produtividade. Tratores, aplicadores de calcário, plantadeiras e pulverizadores ajudam a definir as áreas de emprego dos produtos.
Os defensivos agrícolas também podem ser otimizados, quanto ao seu uso.
Outro setor que evoluiu muito foi o de cultivares. Optar por cultivares de ciclo mais curto, adaptados à região onde ocorrerá o plantio, reduz riscos.
3. Aproveite a matéria orgânica das colheitas anteriores
O aproveitamento da matéria orgânica existente no solo é outra indicação. Essa técnica ajuda a manter a umidade na superfície e melhora a temperatura do solo.
O material seco proveniente de outras colheitas, quando mantido, também impacta positivamente a questão dos nutrientes na área.
4. Análise de solo, qualquer que seja o clima
Não importa o cenário climático. O produtor rural precisa fazer a análise de solo.
Esse diagnóstico é importante para mostrar o atual estágio da fertilidade de suas terras, em função das tanto condições gerais – como as influências climáticas – como das características específicas, incluindo o impacto das últimas culturas naquela área.
Nesse post, falamos sobre os procedimentos para a coleta de material a ser enviado ao laboratório para análise.
5. Consulte sempre um especialista
Também não dá para confiar em práticas, como a repetição das últimas doses de calagem ou de fertilizantes. É necessário ouvir a opinião do especialista, desde o início do processo.
Tem gente que fala que já está no trabalho de plantio, e que agora a avaliação de um engenheiro agrônomo não influenciará. Aqui no Sindical, em situações como essa, ouvimos uma frase: “antes tarde do que mais tarde”.