Mitos sobre a calagem: páginas na web ganham adeptos, mas não deixe de ouvir o agrônomo
As páginas contendo mitos e verdades sobre a calagem estão ganhando adeptos na internet. Uma análise no Google mostra o aumento na quantidade de pessoas que buscam postagens desse tipo, nos últimos meses.
Porém, esse interesse traz um risco: parte dos usuários quer encontrar na internet também a solução para acidez do solo. A pesquisa pode ser feita, mas ouvir um especialista, como o engenheiro agrônomo, é fundamental.
Vale ressaltar que esse comportamento está longe de ser exclusivo dos produtores rurais. O Google tem sido uma fonte de buscas para soluções para questões que vão da área da Saúde até aconselhamento para a educação dos filhos.
O risco desse comportamento está no fato de que, no mundo virtual, os temas geralmente são abordados de forma básica. Eventuais particularidades, como o histórico de plantio das áreas agrícolas, deixam de ser avaliados. Ao mesmo tempo, há o risco de fakes news.
Embrapa avalia mitos da calagem
Por isso, o site usado como referência é importante, como no caso do conteúdo gerado pela Embrapa em 2017. Seis anos depois, as informações sobre a calagem no plantio de soja continuam relevantes, como a de que “a tomada de decisão deve ser baseada nos resultados de análises de solo, feitas em laboratório credenciado”.
Pesquisador da Embrapa, Carlos Hissao Kurihara esclarece dúvidas. Diz, por exemplo, ser um mito a afirmação de que aplicar, simultaneamente, calcário e gesso prejudica a correção de acidez. Essa união de insumos, quando feita com orientação técnica, melhora as raízes da planta.
O conteúdo da Embrapa está aqui.
Kurihara participará do Fórum sobre Corretivos de Solo, organizado pela Abracal. O evento será no próximo dia 25 de outubro, em Cuiabá, com transmissão on-line – confira.
