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Aumento dos custos em 2015 amplia importância do uso do calcário

A alta nos custos da produção provoca incertezas para o agronegócio brasileiro. Nesse instante, medidas simples, como a aplicação do calcário nas lavouras e pastagens, ajudam a reduzir os impactos no orçamento do produtor rural.

O cenário se mostra bastante incerto para os próximos meses. A energia elétrica será um dos itens administrados pelo governo com maior reajuste, independente da concessionária que atende o consumidor rural.

Combustíveis surgem como outro impacto considerável, por conta da volta da cobrança da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) sobre a gasolina. O preço mais alto do óleo diesel nas bombas também reduz a margem de lucro da indústria.

As incertezas de 2015 incluem a variação do dólar. A política cambial ameaça impactar no preço do fertilizante, assim como maquinários e medicamentos voltados à criação. No caso dos defensivos, o impacto se mostra certo, pois o Brasil é o segundo consumidor per capita e o maior importador desse tipo de produto químico.

As pressões trabalhistas, com discussões sobre reajustes salariais, e a crise hídrica, no caso dos estados do Sudeste, tornam o agronegócio ainda mais vulnerável.

Para o Sindicato das Indústrias do Calcário e Derivados para Uso Agrícola do Estado de São Paulo (Sindical), a hora é de se investir em medidas de planejamento. A correção do solo é uma delas.

“A correção por meio da aplicação do calcário é um dos pontos importantes. O calcário amplia os resultados dos fertilizantes, um dos itens mais caros na planilha de custos do produtor rural”, afirmou João Bellato Júnior, presidente do Sindical. A quebra nessa cadeia gera resultados menores na colheita.

Porém, Bellato alerta que a medida deve ser adotada com acompanhamento técnico. “A análise de solo, feita por um profissional especializado, determinará os parâmetros da aplicação”, explicou. Também chamada de calagem, a prática se mostra fundamental em um país com solos ácidos, como o Brasil.

Até as empresas de produção do calcário terão que fazer a lição de casa nos próximos meses. “Um aumento médio de 13,37% no preço do diesel trará alta de aproximadamente 1,1% nos custos totais de produção de calcário”, estima o diretor executivo do Sindical, Euclides Francisco Jutkoski.

João Bellato Júnior ressalta que a aplicação do calcário pode ser feita em média a cada dois anos, para aqueles que mantêm em dia as análises de solo que comprovam a viabilidade deste intervalo.

Hoje o Brasil aplica em suas terras somente metade do calcário necessário.

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