Alta dosagem, cana e soja: as pautas paulistas no Dia do Calcário
A quantidade de calcário que deve ser aplicada numa área, de plantio a reforma dos canaviais e as variações do preço da soja no mercado. Esses são alguns dos temas que pautam o Dia Nacional do Calcário, em 24 de maio, no estado de São Paulo.
Alguns desses temas foram citados pelo pesquisador José Antônio Quaggio, no podcast “Papo de Calcário”. O material, uma parceria do Sindical com a Associação Brasileira dos Produtores de Calcário Agrícola (Abracal), foi gravado no último dia 12, em Rio Claro (SP).
Também participaram da gravação o presidente da Abracal e Sindical, João Bellato Júnior, e o diretor executivo das entidades, Euclides Francisco Jutkoski.
Com 45 anos de atuação na pesquisa, Quaggio é considerado um dos principais estudiosos sobre a fertilidade do solo, no Brasil e no Exterior. Sua atuação ocorreu no Instituto Agronômico (IAC), de Campinas.
Para ele, o agricultor produzirá mais se aplicar 3 toneladas de calcário para cada tonelada de fertilizante. “Usar calcário gera produtividade, e produtividade é dinheiro no bolso do agricultor”, afirmou Quaggio. O enraizamento trazido pela calagem também contribui para melhores resultados, segundo o pesquisador.
O governo federal prepara estratégias para estimular o uso de corretivos. Governos estaduais, incluindo São Paulo, também agirão. Levantamento da Secretaria de Agricultura de São Paulo apontou que somente 47% das propriedades rurais do estado fazem análise de solo, etapa laboratorial que apontará as quantidades de calcários necessárias em uma área de plantio.
O problema atinge principalmente as pequenas propriedades.
Abracal e Sindical têm atuado no sentido de divulgar institucionalmente a prática, que reduz a acidez natural dos solos, incluindo os paulistas – onde a cana-de-açúcar, laranja e soja são os itens mais plantados.
A íntegra do podcast “Papo de Calcário” está aqui.