Soja paulista avança; o que considerar no plantio
O plantio de soja avança em São Paulo. Grande parte do avanço resulta da melhoria da qualidade do solo, com a aplicação, por exemplo, de corretivos de acidez, como o calcário.
O crescimento na temporada 2019/20 elevará a produção para aproximadamente 3,5 milhões de toneladas. O número representa 8,2% a mais em relação à safra passada, segundo o Instituto de Economia Agrícola (IEA), da Secretaria de Agricultura do Estado.
Melhor produtividade requer cuidados do produtor quanto ao solo. Veja dicas do Sindicato das Indústrias de Calcário e Derivados para Uso Agrícola do Estado de São Paulo (Sindical).
1 – Na ponta do lápis
Como as demais culturas, a soja tem suas implicações quando o plantio ocorre em áreas cuja acidez do solo não foi avaliada. A conta é simples, mas vale sempre lembrar que calagem bem-feita significa menos despesas com adubação, melhores resultados na produtividade e ampliação dos lucros.
2 – Baixando custos
Os custos são um dos principais inibidores de negócios no Brasil. O mesmo ocorre na agricultura. Calagem bem-feita significa não apenas maior longevidade para o solo, mas também menor necessidade de adubação. Hoje, a tonelada do adubo custa em torno de oito vezes a de calcário..
A calagem reduz o peso do adubo na conta dos insumos.
3 – Calagem pelo menos 3 meses antes
Como a maioria das culturas, a soja requer uma área de cultivo com a qualidade do solo ajustada. No Brasil, por origem, as terras são ácidas. Por isso, faça a calagem com pelo menos 3 meses de antecedência do plantio.
Aliás, planejamento ajuda a baixar custos. Fornecedores de calcário apontam que o preço do frete apresenta números melhores condições fora do maior período de consumo, geralmente no meio do ano.
4 – Planta amarelada
Especialistas apontam que aplicação de calcário em quantidade menor do que a formulada por um especialista gera resultados desiguais no cultivo da soja. Trechos surgem com as plantas em um tom amarelado, principalmente em épocas de estiagem ou chuvas irregulares.
O mesmo ocorre quando há aplicação sem uniformidade. Fique de olho, pois essas variações impactam os resultados finais.
5 – Combate ao estresse hídrico
Aliás, os técnicos estão chamando a atenção dos produtores: considere o calcário seu aliado também diante da estiagem, fenômeno cada vez mais presente no cotidiano agrícola.
Isso demonstra que já se foi o tempo em que o corretivo auxiliava apenas no combate à toxidez do alumínio e na oferta maior de cálcio e magnésio.
6 – PRNT, saturação e os números
Alguns números são importantes nesse processo envolvendo o solo. Por exemplo, a eficiência dos corretivos resulta do Poder Relativo de Neutralização Total (PRNT), traduzido como o número que traduz a reação desse corretivo ao longo de 3 meses.
Acompanhe também o índice de saturação de bases. Uma ação bem-feita eleva esse índice para algo entre 60% e 70%.
7 – Sempre alerta contra pragas
Os melhores resultados são obtidos por quem adota o sistema de plantio direto. Campeões de produtividade também focam no controle de pragas, doenças e plantas daninhas. E é fundamental apoio técnico nesse processo todo, que começa com a coleta de material para análise do solo.