Legado de Antônio Vitti mostra força do calcário
Uma das principais características da indústria do calcário no estado de São Paulo e no Brasil é a forte influência da gestão familiar nas empresas. Nesse sentido, o falecimento do empresário Antônio Vitti, proprietário do Calcário Diamante, representa um fato marcante.
Porém, sua atuação tanto na divulgação do produto como na gestão da Diamante foi um dos itens mais citados pelas pessoas que compareceram ao velório, em Rio Claro (SP).
Vitti faleceu no dia 14 de julho, sendo sepultado no dia seguinte, também em Rio Claro.
Ele era viúvo de Maria Thereza Ramos Vitti e deixa os filhos Fábio e Antônio Cláudio, além de noras e quatro netos. Fábio é vice-presidente do Sindical.
“O olhar voltado às pessoas e o investimento em jazidas e equipamentos foram a marca do sr. Antônio. São itens fundamentais para qualquer empresa no nosso segmento”, disse João Bellato Júnior, presidente do Sindicato das Indústrias de Calcário e Derivados para Uso Agrícola do Estado de São Paulo (Sindical).
Antônio Vitti fundou a Diamante em 1975. O empreendedorismo herdara do pai, Amadeo Vitti, um dos pioneiros na produção de calcário agrícola no Brasil. Os filhos Fábio, vice-presidente do Sindical, e Antônio Cláudio também atuam na empresa.
Durante visita do site do Sindical à empresa, em 2015, sr. Antônio conversou sobre calcário acompanhando obras de infraestrutura próximas de uma jazida. De boné, sua proteção contra o sol, um dos pioneiros do calcário observava o trabalho junto a um conjunto de esteiras.
O acervo de fotos existentes na sede da empresa, na estrada entre os municípios de Tietê e Saltinho (SP), registra Antônio e o pai Amadeo transportando pedras calcárias na década de 1950. Por meio dos colaboradores e representantes, sempre buscava saber o que o produtor rural estava buscando, numa forma de se ligar ao cliente.
O almoço na rotina da empresa muitas vezes ocorria junto dos filhos e dos principais gestores de área da Diamante, em um espaço junto da sede. Esse jeito simples de ser esteve presente até em sua despedida. Ao velório em Rio Claro, compareceram de autoridades e lideranças empresariais, mas também operários que algum dia atuaram ao seu lado nas jazidas e moinhos.
