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Integrar aplicativos será desafio para tecnologia no campo

O processo de digitalização nas atividades do agronegócio terá que ser marcado pela integração dos dados. Do contrário, os produtores rurais tendem a desconfiar dos resultados gerados pela adoção de práticas que envolvam aplicativos, drones e automação, entre outras.

A avaliação foi um dos principais temas de debate da AgroTech Conference, realizada no dia 5 de junho, em São Paulo.  A organização foi da empresa Startse, que realiza eventos sobre inovação e empreendedorismo.

Startups da área do agronegócio marcaram presença, ao lado de gigantes mundiais do setor. O site do Sindical esteve presente no evento.

O evento partiu da premissa que, em 2050, o mundo terá 10 bilhões de habitantes. Porém, há entraves para alimentar a população mundial, como o fato de que 40% das terras estarão disponíveis para cultivo e a agricultura utiliza 70% da água doce disponível no planeta.

O desafio será tecnologia para produzir mais, com menos. O agronegócio mundial será impactado pela inteligência artificial, robótica e automação, big data, dispositivos sensoriais, blockchain e outras inovações que possibilitem maior previsibilidade, produtividade e eficiência. “O banco de dados será o novo petróleo dos próximos anos”, disse Cristiano Kruel, da Starse.

O agronegócio tem sido o grande motor da economia brasileira nos últimos anos. “O problema é que o produtor está tendo que lidar com informações cada vez mais complexas, e as operações e as decisões estão em várias frentes. Precisamos integrar todos os dados”, contou Donário Lopes de Almeida, produtor rural e jornalista, consultor do Canal Rural.

Gestão

Para ele, as tecnologias ajudam a gerir o negócio de forma mais simples e eficiente. A telemetria, por exemplo, será importante para fazer com que a agicultura de precisão – importante ferramenta no agronegócio nacional – siga avançando. “É preciso integrar a agricultura de precisão com previsão de produtividade e histórico de colheitas, por exemplo”, afirmou Almeida.

“Combinar os dados com os preços de commodities e finanças da fazenda gera uma visão mais clara das operações. Assim, reduz custos, perdas de produção e proporciona decisões mais rentáveis”, declarou Almeida.

A questão de o faturamento do agro vir de preços fixados pelos mercados é outro risco que pode ser minimizado com o uso e a integração dos dados. No caso de insumos, como o calcário, os benefícios e as melhores formas de aplicação poderão ser melhor visualizados com as ferramentas digitais.

A qualidade dos conteúdos digitais também tem chamado a atenção do mercado. Um dos momentos apontou os fatos que levaram a Syngenta a adquirir a Strider, empresa eleita pela Forbes uma das 25 startups mais inovadoras do mundo na área do agronegócio.

Essa interação se mostra importante para que o Brasil siga como um dos principais produtores mundiais de alimentos. Ao mesmo tempo, a melhoria da infraestrutura, em itens como transmissão de dados e logística, surge como desafio para a inovação no meio rural.

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