
Frete, logística e alternativas para o agricultor paulista
A logística ganha cada vez mais força nos negócios, incluindo a agricultura e a pecuária paulista. Além do plantio e pastos, o tema integra questões como o escoamento da safra, principalmente em um estado como São Paulo – em que o plantio de grãos avança ainda sem ter muitas opções de espaços para armazenamento, o que acaba por pressionar o preço dos fretes.
A indústria de calcário agrícola busca estratégias para reduzir os custos e ter máxima eficiência nos processos, já que falamos de um produto que necessita estar na propriedade do cliente na hora certa e se mostra inviável quando adquirido a mais de 300 quilômetros dos pontos de plantio.
A verdade é que a importância da logística para pessoas e empresas aumentou muito nos últimos anos. Logística envolve o abastecimento de insumos, movimentação de mercadorias e estocagem. Em outras palavras, estamos falando de qualidade do produto, tempo de entrega, estoque e sustentabilidade, entre outras áreas.
Logística impacta relacionamento com cliente
Pesquisa feita pela Markestrat, consultoria da área do agronegócio, aponta que a distribuição do produto é a principal tarefa dos consultores de vendas de insumos, depois daquelas comumente realizadas nessa atividade – que são o atendimento e a prospecção de clientes.
O site da Abracal fez um conteúdo sobre a pesquisa – clique aqui.
Mas o tema envolve a perspectiva da solução. “Logística não é mais falar sobre transporte de produtos; é sobre como fazer o cliente sorrir”, afirma Mauro Friedrich, especialista na área.
O Esalq-Log, Grupo de Extensão em Logística Agroindustrial da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP), avalia que políticas públicas e ações das empresas são necessárias, já que a demanda por transporte deve seguir em alta e elevar os custos. “É crucial que a infraestrutura logística cresça mais que a safra”, afirma Thiago Péra, coordenador do grupo, em entrevista ao site do Insper.
Porém, já há uma defasagem passada. Nesta safra, diz Péra, os volumes de milho, por exemplo, cresceram muito em relação ao ano passado. Os cortes em impostos anunciados pelo governo pouco impactaram o óleo diesel.
O último estudo do Sindical sobre a indústria de calcário apontou inflação anual de 50,6% nos combustíveis e lubrificantes, quase 5 vezes superior ao IGPM do mesmo período. Combustíveis e preços dos pedágios são os principais custos no transporte paulista.
Programar compra e usar frete retorno
No caso do calcário, uma das alternativas para o agricultor é programar a compra dos insumos. Geralmente, a procura pelo insumo em São Paulo cresce em julho, permanecendo alta até outubro. Fale com o agrônomo sobre essa programação.
Outra forma de economizar é utilizar o frete retorno, conforme citou o presidente do Sindical, João Bellato Júnior, nesse artigo. Essa modalidade de frete é possível quando o produtor agrícola consegue contratar uma carreta que retornaria vazia de outra entrega.
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