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Enacal: país perde ao usar adubo sem “calcariar”, diz presidente da Abracal

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Dirigentes de empresas associadas ao Sindical participaram do Enacal 
Foto: Divulgação

A edição do Encontro Nacional dos Produtores de Calcário Agrícola (Enacal), em Cuiabá (MT), trouxe uma novidade. No ano passado, o consumo de calcário na agricultura brasileira superou o de adubo. O cenário interrompe a série histórica em que adubo batia a quantidade de calcário usado no campo brasileiro.

Porém, esse avanço precisa ser maior para que os resultados do agronegócio também cresçam. Para o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Calcário Agrícola (Abracal), Oscar Alberto Raabe, o país perde R$ 15 bilhões anuais com o consumo menor de calcário.

Abracal e Sindicato das Indústrias de Extração do Calcário do Estado do Mato Grosso (Sinecal-MT) organizam o evento, com apoio do Governo do Estado do Mato Grosso e da Federação da Indústria do Estado do Mato Grosso. A abertura ocorreu na noite do dia 11 de novembro, se estendendo até dia 13.

A programação incluiu o 2º Congresso Nacional de Correção e Fertilidade do ‎Solo. O Sindicato da Indústria do Calcário Agrícola do Estado de São Paulo (Sindical) esteve representado pelo assessor Adalberto Mansur.

Dirigentes de empresas associadas ao Sindical, Estêvão Bittencourt Granjo, João Pagan e Manuel Andrade estiveram presentes em Cuiabá.

Raabe informou que o consumo de calcário no Brasil, pela primeira vez, foi superior ao de adubo – 35,2 milhões de toneladas, ante 32,2 milhões de toneladas. “Esse cenário deve se manter em 2015”, estimou Raabe.

Porém, a perda na agricultura beira os R$ 15 bilhões somente com o adubo, cujo custo é elevado e fixado em dólar. Isso porque cada tonelada de adubo requer três toneladas de calcário numa aplicação recomendada por especialistas. Raabe avalia que a produtividade brasileira poderia ser 30% maior se essa relação fosse seguida.

A calagem é o processo de correção da acidez do solo que usa o insumo calcário. Popularmente, é chamada de “calcariar”. “A primeira providência que uma pessoa deve tomar ao se tornar produtor rural é, com a ajuda de um técnico, corrigir a acidez da terra”, disse.

Fernando Carlos Becker, diretor da Abracal e um dos incentivadores da correção da acidez do solo no Brasil, foi homenageado no evento. O Dia Nacional do Calcário Agrícola, 24 de maio, foi escolhido por ser a data de nascimento de Becker.

Prestigiaram o Enacal Francisco Penço, presidente do Sinecal-MT, e o vice-governador do Mato Grosso, Carlos Fávaro. Técnicos falaram sobre questões envolvendo o insumo.

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