Cana-de-açúcar: incêndios antecipam reforma, com olhar para calagem
A série de incêndios nas áreas rurais, ocorridos nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, está levando parte dos produtores a anteciparem a reforma dos canaviais. Nesse sentido, a calagem – com aplicação de insumos, como o calcário agrícola – precisa ser revista pelos produtores.
Prática comum no plantio de cana-de-açúcar, a reforma amplia a produtividade e qualidade no material fornecido pelos agricultores às usinas. O diferencial esse ano é que parte das áreas produtivas atingidas pelas chamas criminosas receberá tratos culturais diferenciados, na tentativa de evitar quedas drásticas nos resultados.
O último levantamento da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica) aponta que pelo menos 231,8 mil hectares de canaviais foram afetados pelos incêndios no interior de São Paulo.
Já a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado (Faesp) estima que as chamas atingiram mais de 8 mil propriedades em 317 municípios paulistas.
Outro desafio: menos chuvas
A elevada incidência de fogo nos canaviais ocorre em um momento desafiador para o setor. A redução no volume de chuvas, em comparação com anos anteriores, afeta canaviais, que gostam de sol e umidade.
A calagem, além de ampliar os efeitos dos fertilizantes, diminui a suscetibilidade da planta diante da falta de chuvas. O acompanhamento deve envolver a própria planta, já que as altas temperaturas das chamas ameaçam a resistência da cana às doenças.
Já falamos aqui no site sobre as medidas de manejo de solo quando da reforma dos canaviais.
Essas medidas devem começar com a análise de solo e acompanhamento técnico. Uma reforma bem feita garante a performance da cana ao longo das seguidas colheitas planejadas para uma mesma área.
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