5 motivos para o pequeno produtor aplicar calcário

No ano passado, cerca de 54 milhões de toneladas de calcário foram aplicadas no Brasil. Porém, especialistas apontam que o país deveria ter consumido pelo menos 80 milhões de toneladas no processo chamado de calagem.

Esse déficit de quase 50% ocorre principalmente entre os pequenos produtores, incluindo o estado de São Paulo. Tecnicamente, o tema se mostra presente, já que uma das principais buscas no Google sobre o tema tem a pergunta: “como calcular a quantidade de calcário”.

O fato se mostra ainda mais impactante, no aspecto financeiro. O agricultor de pequenas áreas precisa estar com seu negócio bem ajustado, em itens como o custo de produção. Há pouca margem para erros num plantio em que a tecnologia ainda está em fase inicial.

Em 2021, São Paulo consumiu perto de 5,3 milhões de toneladas de calcário, uma alta de 18% em relação ao ano anterior.

Veja a seguir cinco motivos para você, pequeno produtor, não deixar de fazer a calagem.

1) Aplicar calcário é olhar para os custos de produção

O uso de calcário reduz a acidez do solo, entre vários benefícios. O fertilizante, quando aplicado, apresenta melhor rendimento em solos menos ácidos. Fertilizante tem o preço definido em dólar, e o calcário, por ser produto nacional, é em real.

Usando esses dois insumos de forma complementar, os resultados são melhores. Também baixa os custos, que, quando bem administrados, geram, na outra ponta, lucratividade maior.

2) Faça análise de solo e consulte um agrônomo

Consultar um engenheiro agrônomo é uma das primeiras providências que o agricultor deve tomar, antes de fazer o plantio. O profissional orientará como fazer a análise de solo, trazendo resultados que ajudarão na definição da melhor estratégia de calagem. Também ajudará a como calcular a quantidade de calcário a ser aplicada.

Não sabe por onde começar? Distribuidores, órgãos do governo estadual e as cooperativas são pontos de ajuda nessa hora.

3) Todos tipos de calcário são bons. E avalie o frete

O mercado apresenta três tipos de calcário para fins agrícolas: dolomítico, magnesiano e calcítico. Todos são bons. Essa estratégia, o histórico dos plantios anteriores e o tipo de cultura a ser feita definirão qual a granulometria do calcário que melhor se encaixa, se mais fino ou mais grosso.

A indústria que vende o calcário ao agricultor apresenta, no ato da compra, um laudo com as características do produto. Veja aqui a relação de associados do Sindical.

E avalie também o frete. A distância da jazida de calcário até a propriedade pesa na melhor decisão. Planejando, dá para consegui fretes mais em conta.

4) Remineralizador e calagem precisam andar juntos

O uso de remineralizadores tem se ampliado no Brasil. O alerta que deve ser feito é que o manejo de solo requer várias ações, que, na verdade, se complementam.

Então, como no caso do fertilizante, a calagem deve ser feita em áreas que receberão remineralizadores. A avaliação do agrônomo também é importante nesse processo.

5) A calagem no combate aos efeitos do déficit hídrico

Esse é outro ponto que tem sido bastante divulgado pelos especialistas. As chuvas andam muito irregulares no estado de São Paulo.

Corrigir a acidez do solo ajuda no combate ao estresse hídrico.

Aqui no site, falamos da relação entre solo e água.

Agora, ficou com alguma dúvida? Fale com a gente aqui nos comentários ou mande uma mensagem para contato@sindical.com.br.

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